segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alguém me explica
Que conta estranha é essa
Se a alegria que enche alivia
E o vazio que fica tanto pesa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Era um João
Ninguém
Nenhum
Sem nada
Nem ele mesmo

Sem prato nem pão
Sem teto,só chão

Aos olhos dos outros
Nunca existiu
E quem apenas lhe viu
Foi o olho da rua


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Noite
Quem me trará o sono
Se a lua insiste em me chamar pra rua?

Por entre esquinas e becos
Por entre sombras e desejos
Se constroi teu corpo negro

E porque desejar a luz
Se o que mais procuro
É o que não se enxerga?

Pra uns,o fim do dia
Pra outros,apenas começo
Em ti procuram diversão
Mas também encontram medo

Noite
Estará tudo quieto
Ou até o silêncio
É um eco a nos pertubar?

domingo, 26 de junho de 2011

Nem todo passo marcado
Ao melhor caminho leva
Nem todo beijo é amor
No lábio que carrega

Nem toda luz é salvação
Nem toda cruz é redenção
Nem todo fim é desfecho
Nem toda esmola é de apreço
Nem todo bem chega logo
Nem todo mal vai-se embora
Pois todo tempo não vem
So por querermos agora

Todo vazio é peso
No peito de quem carrega
Nem toda agua é de março
Nem toda flor é primavera

domingo, 12 de junho de 2011


O céu soprou
E me dilui no vento

Apenas fui seguir a liberdade

sábado, 7 de maio de 2011

Onde vai meu beijo
Se quando teus lábios toco
Nem lembro onde estou

Onde vai a calma
Se tanto me atormenta
E você inventa a paz

Onde tudo acaba
Se quanto menos tenho
Você vem com mais

Onde há razão
Se quando é certo o sim
Eu insisto que não

Onde existe o fim
Se quando tudo acaba
Agente se recomeça

Onde a vida é real
Se tudo criamos
Pra ela ser nossa peça

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Des-encaixe

E nesses desencontros agente se encontra
Se a favor ou contra
Se planejado ou ao acaso
Fazemos nosso casos
E assim nosso amor se monta