quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alguém me encontre
Sabe lá onde me deixei
Em que pensamento ou rua me perdi
Sem nem saber caminho de volta
Sem nem saber voltar pra quê
Meu ponto de partida vira qualquer final
Meu início é apenas um meio de chegar no fim
Procuro um canto que me caiba
Ja que não caibo dentro de mim

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Há do amor ser mesmo cego
Pois é preciso do escuro dos olhos que se fecham
Pra se enxergar o beijo

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alguém me explica
Que conta estranha é essa
Se a alegria que enche alivia
E o vazio que fica tanto pesa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Era um João
Ninguém
Nenhum
Sem nada
Nem ele mesmo

Sem prato nem pão
Sem teto,só chão

Aos olhos dos outros
Nunca existiu
E quem apenas lhe viu
Foi o olho da rua


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Noite
Quem me trará o sono
Se a lua insiste em me chamar pra rua?

Por entre esquinas e becos
Por entre sombras e desejos
Se constroi teu corpo negro

E porque desejar a luz
Se o que mais procuro
É o que não se enxerga?

Pra uns,o fim do dia
Pra outros,apenas começo
Em ti procuram diversão
Mas também encontram medo

Noite
Estará tudo quieto
Ou até o silêncio
É um eco a nos pertubar?

domingo, 26 de junho de 2011

Nem todo passo marcado
Ao melhor caminho leva
Nem todo beijo é amor
No lábio que carrega

Nem toda luz é salvação
Nem toda cruz é redenção
Nem todo fim é desfecho
Nem toda esmola é de apreço
Nem todo bem chega logo
Nem todo mal vai-se embora
Pois todo tempo não vem
So por querermos agora

Todo vazio é peso
No peito de quem carrega
Nem toda agua é de março
Nem toda flor é primavera

domingo, 12 de junho de 2011


O céu soprou
E me dilui no vento

Apenas fui seguir a liberdade