domingo, 8 de janeiro de 2012

Boemia

A rua acolhe meus pés
E qualquer mesa vira distração
A convidar meus lábios

Cada esquina é belo contorno
Da noite que ganha corpo
E a mim se oferece
Em doses de um vinho
Tinto no escuro do céu

E se na volta pra casa
Eu atrapalho meus passos
Foi apenas a lua
A embriagar meus olhos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ultimos momentos em Aracaju,ultima congresso da graduação,viajem com a galera...boas risadas com amigos,boas surpresas,bons passeios. Pouco dinheiro me sobrou, mas muitas lembranças levo. Fim de curso chegando,semestre acabando,arrumar as malas. Sensação de despedida. O que me virá? Tão bom tudo que me passou,mas tanto há ainda por vir. Talvez não do mesmo jeito,mas sempre há espaço pra voltar pro que é nosso,pros nossos cantos,pros nossos rostos...e também descobrir o novo.
A insegurança as vezes nos bate, mas não posso evitar as possibilidades. O tempo ainda me dribla, escapa aos dedos. Mas me traz o que nem esperava, e parecia tão essencial pra mim. Agente não deve ter controle de tudo, algo tem que escapar à nossa mão, estar além dos nossos limites.

Ainda olho pro horizonte e sei que nunca chego lá. Sempre andará a linha do infinito. E que lá fique, pra que minhas escolhas nunca tenham fim


PS: Penultimo dia em Aracaju, fim do Coneflor, e 5 dias que me foram muito bons. Numa tarde em que deveria dormir pra recuperar a noite não dormida, pensamentos e sentimentos insistem em ficar acordados, e me levam a escrever isso. Obrigado a todos que fizeram parte desses dias. Em especial a Juliana e Mariana que me acolheram,e a Luma Pinto, pelos roteiros que o acaso insiste em criar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alguém me encontre
Sabe lá onde me deixei
Em que pensamento ou rua me perdi
Sem nem saber caminho de volta
Sem nem saber voltar pra quê
Meu ponto de partida vira qualquer final
Meu início é apenas um meio de chegar no fim
Procuro um canto que me caiba
Ja que não caibo dentro de mim

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Há do amor ser mesmo cego
Pois é preciso do escuro dos olhos que se fecham
Pra se enxergar o beijo

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alguém me explica
Que conta estranha é essa
Se a alegria que enche alivia
E o vazio que fica tanto pesa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Era um João
Ninguém
Nenhum
Sem nada
Nem ele mesmo

Sem prato nem pão
Sem teto,só chão

Aos olhos dos outros
Nunca existiu
E quem apenas lhe viu
Foi o olho da rua


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Noite
Quem me trará o sono
Se a lua insiste em me chamar pra rua?

Por entre esquinas e becos
Por entre sombras e desejos
Se constroi teu corpo negro

E porque desejar a luz
Se o que mais procuro
É o que não se enxerga?

Pra uns,o fim do dia
Pra outros,apenas começo
Em ti procuram diversão
Mas também encontram medo

Noite
Estará tudo quieto
Ou até o silêncio
É um eco a nos pertubar?