quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A noite não teria nada de surpreendente, já tinha pensado. Mas era o que queria
Chegou em casa de noite com o intuito de comer, tomar banho e dormir,e antes dessa ultima, ler ou escrever algo, quem sabe.
Preparou sua comida: arroz com ovo frito, que pode soar grosseiro a alguém que exigisse uma “refeição decente”, mas era a única coisa que dava pra fazer. Lavar a droga da louça era o mais chato. A comida tava boa, “comível”, já não morreria de fome
Deitado na cama, ouvia musicas de quando era adolescente, de quando não parava de ouvi-las. Som grunge, pesado e tosco, mas que tinha uma melodia e doçura que ele agrava.Gostava de combinar coisas possivelmente contrastantes, mas que se encaixavam bem.Nirvana ainda o agradava.

Parecia querer seus 15/16 anos de volta, reviver sua rebeldia juvenil mal-resolvida. Detestaria envelhecer e perder sua inquietação das coisas, sua capacidade de tentar alterar o que estivesse a sua volta. Era inquieto.Errava quem via aquele menino parado e achava que ali não fazia nada.Dentro de sua mente explodiam mundos, fazia revoluções, criava sua própria diversão.
Mas algo era melhor quando ele era mais jovem? Não sei, hoje pelo menos ele já sabia cozinhar

Deitado na cama com a calça ainda suada da viajem, realizava suas frustrações naquela noite. Seus amigos tinham saído pra ver-ouvir alguma festa tosca, que ele nem tava interessado em ir, não tava fim de programa de índio, ganhava mais ouvindo seus velhos rocks.
So que a menina que ele gostava não estava la agora,e nem podia falar com ele.Queria ficar deitado ao seu lado e conversar ate mais tarde. Era a lembrança mais doce naquele momento. Queria ate seus pais, mesmo que fosse pra reclamar com ele, sabendo que mais tarde iriam beija-lo e dizer que se orgulhavam dele. Ele também se orgulhava de seus pais.
Olhava pro teto esperando o mundo cair em sua cabeça, mas ninguém que ele queria ia bater na sua porta. Podia dormir daquele jeito, ainda de calça
e com as coisas espalhadas no canto de sua cama, mas decidiu que queria fazer algo de util naquela noite. Lavar suas roupas seria um começo
Dera agora pra escrever, já tinha uma justificativa pra ficar quieto e isolado em algum canto. Rasurava demais, e precisava melhorar sua letra, já fora melhor. Se presta ou não o que ele escreve, vai saber. Pelo menos ele já faz sua comida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mensagem póstuma

Se me prenderam durante toda minha vida,não poderiam pelo menos me deixar fora dum caixão quando morto?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ponto de vista

Não é o mundo que esta de ponta-cabeça.Voce que dormiu com os morcegos!


Uriálisson Matos Queiroz

domingo, 28 de dezembro de 2008

Eu,que demorei tanto pra dizer eu te amo
Não vi que ja amava desde antes
Mas o amor não avisa quando começa,nem quando termina
So percebemos quando ele vai crescendo
Ou quando perdemos

sábado, 27 de dezembro de 2008

Levar ao extremo o oposto de uma coisa, é muitas vezes repeti-la, mas de um outro jeito, com outra cara, mas com os mesmos erros. Pensamos estar combatendo, quando acabamos por recria-la. Os que querem exterminar com algo, acabam por renascê-lo de novo.
Cada pessoa tem um peso no mundo que a carrega
Ela pesa no seu pensar, no seu dizer, no seu ouvir
No seu amar, no seu sentir
Em cada coisa que fez ou deixou de fazer
Deixar de viver, é deixar de existir
E o mundo não fica mais leve quando alguem morre
Mas pesa pela sua ausência

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Não quero disfarces pra ficar me iludindo
Eu engulo a agonia pura e seca
E deixo queimar no fundo do estômago
Deixo doer no fundo da alma
Pois é de minhas dores que me faço mais forte

Eu quero moê-las, pra não deixar mais nada
Buscar o mal la no fundo
Sei que posso tê-las pra sempre
Mas elas nunca me terão