domingo, 30 de agosto de 2009

So teu ouvido entende coisas que digo
Nessas más línguas que falamos nos dois
So o teu passo que anda comigo
Seja no ontem,agora ou depois
So tua loucura não é desespero
Quando me acho num tom disperso
Seja num simples devaneio
Ou no mais longo regresso
Noutros lugares que tão distantes
Esquecemos de voltar...
Se te perderes,olhe meu mapa
Me desenhei nas estradas
E se chegar onde nem fui,mesmo assim
Encontrará lá,um pedaço de min
E se eu piso em falso,não caio no chão
Te coloquei la no alto pra não derrubar
E segurando nos astros eu pego em tua mão
Minha cara amiga,eu não paguei por você
Mas sai muito caro te perder

Escrito pra uma amiga minha,a quem muito prezo.Quem é,sabe...
Hoje procuro em ponteiros quebrados
As horas perdidas de ontem
De um relógio atrasado
Que nunca adianta minha vida
Mas não adianta de nada
Esperar nas horas passadas
O futuro de nossa vida

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O talvez

Talvez espere do céu,o que na terra caiu
Talvez vivamos querendo,o que na verdade temos
E andemos cegos,a dar mais voltas que o mundo
Talvez estejamos certos,ou talvez mais errados ainda
Talvez certeza se escreva,com uma língua que nem falamos
Talvez fiquemos aqui,imaginado em que mundo estamos
Nos esquecendo da vida,que nos espera de algum canto
Talvez é a certeza,que mais temos na vida
Talvez pode ser melhor,mas talvez não decidi nada
Talvez sim,talvez não,talvez seja
Talvez sejam os acasos da irrelevância
Mais precisos que os fatos da própria certeza


sábado, 22 de agosto de 2009

Poeminha...

Ainda hoje guardo nos lábios
Aquele teu beijo perdido
Não se achando em outros casos
Veio ele,se encontrar comigo

Maré profunda

O mar revolto minha tristeza balança
Desalinhando entre ondas meus sentimentos
Me molham a alma que descoberta
Se desfaz nas espumas das marés
E quando perdido fico na imensidão azul
Eu me pergunto se do céu ou do mar
A cor celeste que me envolve
E meus desejos naufragam porque não sabem nadar
No tapete fluido que cobre a terra
Não sei nutrir ainda meu ser,do sal sagrado que se diluiu
Em cada gota que desse mar,chorou o céu
Mas me aventuro no chão molhado...
E não serão as as nuvens meu teto,são mero disfarce
Que da mesma água do mar se juntou
Vapor barato do meu medo,que derramei descrente
E hoje o mar me devolve,me redimindo
No molhar doce da chuva
Vem,que foi o meu barco
Pra levar pra bem longe
Meus anseios secretos
E joga-los no mar,onde cantam sereias
Vem cantar no meu porto
Desmanchar nas areias
Os meus versos desnudos
Vem cantar minha alma
Afogar o meu mundo
Vem,que outro barco se vai
Marolando nas nuvens,afundando do céu
Vem banhar o meu peito,afundando em teu gosto
Vai banhando meus lábios no sabor do teu mel