quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entre mundos e rumos...


Vagueio entre pensamento e memórias que nem lembro mais,em busca de achar o que nem sei. Penso estar perdido,mas qual era meu caminho?Nunca houve estrada certa ou destino previsto. Fiz da incerteza minha aposta mais segura. Agora chego numa encruzilhada e me pergunto: Pra onde?
Minha búsola nunca teve norte certo e seguir o vento era sempre a rota provável, mas agora sinto um medo do que vem do acaso, e por um momento queria saber quais seriam meus passos.
A surpresas foram boas, mas sentia uma vontade de vivê-las de novo, de voltar às velhas estradas, sentar embaixo das mesmas árvores e de dizer que algo era meu. Parecia loucura trocar uma infinidade de possibilidades por uma rotina e cenas ja certas, mas sentia falta de um porto seguro, uma cadeira me esperando no fim da tarde e até do gosto do tédio, que sempre me foi passageiro . Por tanto andar, não deixei minhas raizes crescerem, e acho que isso que me incomoda, não ter um chão pra chamar de meu, um destino certo pra alguma carta chegar...
Fui levando em min um pouco de cada canto que trilhei, mas nunca fui de canto nenhum, lugar nenhum, amor nenhum...e mesmo que enjoe de tudo, queria apenas um momento sentar e ver o mundo todo que corri, também correr. Em sentar, como nunca deixei assentar, toda poeira que levantei.

3 comentários:

Natália Corrêa disse...

O novo é sempre estimulante, mas é o velho que conforta. O velho amigo, os velhos tempos, o velho sofá mofado onde você dormia vendo tv.
Talvez você devesse mesmo procurar seu lugar, mesmo que seja um lugar dentro de si. Um objetivo pra perseguir, uma razão pra ficar.

Uriálisson disse...

No texto não sou eu,inventei um personagem e uma situação. Tem elementos meus, mas não sou exatamente eu ali

Laii Ribeiro disse...

Fiz da incerteza minha aposta mais segura. Agora chego numa encruzilhada e me pergunto: Pra onde?

adoro as coisas que vc escreve, são profundas, inprecisas e tão certas