terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A linha reta me aperta
Não sei andar nos traços certos
Que fizeram pra eu caminhar

Meus pés buscam as curvas
As rugas das esquinas
Precisam do torto
Pra ficar em pé

Meu sonho é sinuoso
Relevo montanhoso
Exatamente torto
Que tracejei

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobre teu colo repouso
E teu corpo vira meu leito
O bater do teu peito
É quem conduz meu sono

E no remar dos meus braços
Me afogo em seus lábios
Acordo em ti

E sonho

sexta-feira, 20 de abril de 2012


O tempo é o vento
Que passa e varre o momento
É chuva que cai em pingos de segundos
Encharca nossas vidas
Nossas veias
É emaranhado de teia
Fiado ao descer e subir do sol




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Recortes avulsos

Não tente juntar muita coisa, pra vida nunca temos as malas prontas. Sempre ficarão coisas pra trás e sempre encontraremos outras pelo caminho. Chegar atrasado nos fará perder coisas boas, mas quem sabe encontrar melhores depois. E fará perder coisas únicas, momentos que não voltam, flores só de um dia...e seria melhor, e seria diferente se tivesse acontecido?Vai saber...apenas não foi. Todos os dias tem seu hoje, e hoje é um agora, que também passa, vai embora. Mas é a única coisa que da pra fazer.
Ficando parado ou correndo, o tempo sempre continua, a vida sempre segue. É bom parar e contemplar, mas não quero ficar muito sentado. O chão é duro e meu pé precisa de calos.

Bate uma nosltagia, um saldosismo...no passado era legal né?Que bom que foi,espero criar muita coisa boa pra lembrar (ja pensou ser um avô sem historias pro neto?que coisa triste...)

Acho que isso de contar o tempo é mera invenção humana, mas inevitável. Mas deixa isso pra depois, quem sabe amanha eu termino...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não fique muito a salvo
O caminhar do passo
Se faz sentindo o chão

domingo, 8 de janeiro de 2012

Boemia

A rua acolhe meus pés
E qualquer mesa vira distração
A convidar meus lábios

Cada esquina é belo contorno
Da noite que ganha corpo
E a mim se oferece
Em doses de um vinho
Tinto no escuro do céu

E se na volta pra casa
Eu atrapalho meus passos
Foi apenas a lua
A embriagar meus olhos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ultimos momentos em Aracaju,ultima congresso da graduação,viajem com a galera...boas risadas com amigos,boas surpresas,bons passeios. Pouco dinheiro me sobrou, mas muitas lembranças levo. Fim de curso chegando,semestre acabando,arrumar as malas. Sensação de despedida. O que me virá? Tão bom tudo que me passou,mas tanto há ainda por vir. Talvez não do mesmo jeito,mas sempre há espaço pra voltar pro que é nosso,pros nossos cantos,pros nossos rostos...e também descobrir o novo.
A insegurança as vezes nos bate, mas não posso evitar as possibilidades. O tempo ainda me dribla, escapa aos dedos. Mas me traz o que nem esperava, e parecia tão essencial pra mim. Agente não deve ter controle de tudo, algo tem que escapar à nossa mão, estar além dos nossos limites.

Ainda olho pro horizonte e sei que nunca chego lá. Sempre andará a linha do infinito. E que lá fique, pra que minhas escolhas nunca tenham fim


PS: Penultimo dia em Aracaju, fim do Coneflor, e 5 dias que me foram muito bons. Numa tarde em que deveria dormir pra recuperar a noite não dormida, pensamentos e sentimentos insistem em ficar acordados, e me levam a escrever isso. Obrigado a todos que fizeram parte desses dias. Em especial a Juliana e Mariana que me acolheram,e a Luma Pinto, pelos roteiros que o acaso insiste em criar.