domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu respiro teu ar radiotivo
que adoece meu peito
e brota um câncer
do seu amor destrutivo
em meu coração...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Não muito distante

La onde vou...
Onde perde os sentidos
Onde chora-se o pranto
Onde abrem-se os risos
Onde o ar nos sufoca
Onde a sombra se esconde
Onde a mão que nos toca
ja não sabe-se onde

Onde a dor que nos fere
ja não deixa mais marcas
Onde toda certeza
ja não é mais exata
Onde aquilo que cura
também é o que mata
Onde a luz que revela
é a mesma que apaga
Onde o tempo que passa
ja não tem mais idade
Onde o amor que se foi
hoje é apenas saudade
Onde quem mais nos vê
é o olho da rua
Onde o frio de doer
é também o que sua

Onde a guerra não mata
mas a paz nos engana
Onde quem eu amei
não esta mais na cama
Onde a glória dos dias
não foi so nas vitórias
Onde quem nos governa
é apenas escória

Onde nunca se acha
e nem acha-se onde
É apenas a vida
a vida dos homens...

fui fazendo isso como se fosse uma musica,quanto tocar melhor quem sabe eu ponha o som que imaginei em cima dela.Tava tentando dormir e um monte de versos me pertubavam,não sei se ficou bom,mas pelo menos botei pra fora

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Meus heróis não lutaram na guerra
Meus mestres não foram pra faculdade
Meus poetas vieram da rua
Minha arte nasceu da vontade
O meu tempo começou com o sol
Minha água desceu com a chuva
O meu chão foi pisado na terra
Meu amor,foi criado na lua

domingo, 17 de janeiro de 2010

Saciação

Mesmo depois de tanta chuva
há uma gota qualquer de sangue
há um grito qualquer de dor
há um seca que nos consome
há uma boca querendo amor

Mesmo com a mesa farta
há um gosto que ainda falta
há uma sede que nunca acaba
há uma fome que ainda mata

Apesar de todos os dias
há um tempo que sempre nos falta
há momentos que não se repetem
há uma hora que nunca nos chega
há memórias que nunca se esquecem

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Torci a roupa lavada
até não cair mais gota

Amei,até lhe sulgar
o ultimo beijo na boca

(ia fazer mais coisa em cima disso,mas não consegui e deixei assim mesmo,pelo menos rimou...)

Notas de um Brasil


Eu fui deixado às margens plácidas
E a patria amada não me amou
Busquei penhor dessa igualdade
Mas de igual,so era dor

Plantei nas terras teu sustento
Forjei teu rumo em braços fortes
Do meu dever,dei minha vida
Mas de direito,so tive a morte

Em berço esplendido não nasci
Mas me adotou a mãe gentil
Fui condenado a patria livre
A morrer pelo Brasil


Apenas uma ilustração do que imaginei poder ser a vida de muitos nesse pais,condenados a desesperança

sábado, 9 de janeiro de 2010

Jogaram minha vida pra fora dos sonhos

Meu nado num aquário
Meu amor numa esquina
Meu vôo numa gaiola
Meu tempo no esquecimento
Meu universo enclausurado no mundo...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Teus olhos
janelas abertas que entro e me aventuro

Ao convite de um piscar,
me jogo no intimo seu

Viajo nos ventos que sopram
dos teus pensamentos

E saio perdido,
pois ainda não aprendi a me perder

quando fora de ti