terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os poros da noite transpiram em segredo,o que meus medos e anseios guardam.A noite escura me clareia,e o dia nasce no raiar da lua,embebida de choros e velas,iluminada nas brechas dos olhos...
Dos que fazem da penumbra seu consolo diário.Dos que fazem na calada da noite,seu canto de vida
Talvez tudo nasceu no escuro,e tudo um dia irá pra lá.
Finalmente,acordo...



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Quero ser além de eu mesmo,um desdobro além do possível
Quero ser conteudo e contorno,daquilo que faço e digo
Uma vontade desgovernada,praquilo que me convem
Quero ser fim,início e o todo,ou algo mais além
Quero a premissa roubada da vida
Quero a verdade,antes de ser instituida
Quero a loucura sem nenhum desespero
Apenas ganhar e perder o que mereço
Quero a liberdade muito além da vontade
Quero que os anos passem,mas não passe minha idade
Quero o desprezo dos justos se a justiça for essa
De negar o que se ama e afagar quem não presta



sábado, 5 de setembro de 2009


No fim da tarde debruça no mar
O corpo do astro cansado
Passou o dia todo a brilhar
Irá agora por outro lado
Descendo ao mar ele some
Tingindo o céu de outras cores
Vai consolar esse homem
Pra dissipar suas dores

Conjugação


Eu e você
1º e 2º pessoa
de um singular sujeito
do plural de nós dois

Minha palavra não é muda,mas muda

Meu grito não se cala,mas cala

Meu sentimento quando ama,derrama

Em algum peito vazio,e vaza

Parafrase

Parafraseando
Paro a frase,e ando
Para a frase,amo
Ando para a frase
E parafraseando

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Quem sabe eu negue de toda maneira
O que não fiz cedo e disse mais tarde
Quem sabe eu fuja buscando um caminho
Fazendo mentiras virarem verdades
Criando certezas de coisas nem feitas
Moldando meu rumo nas brechas da vida
Quem sabe eu prossiga ditando as leis
Nas falsas verdades absolvidas

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pedi um sopro de vida,praquele velho vagabundo
E ele me questiona,"Que tenho eu nesse mundo?
Das roupas só o farrapo,nos bolsos nem um tostão
Do bom que ainda me sobra,so resta meu coração"
Eu lhe respondi dizendo,qual era o meu motivo
Parece até piada,mas serio aqui eu lhe digo!
Das coisas eu tive todas,riquezas que nunca viu
De todas eu as usei,mas nenhum me serviu
Cansado eu mandei elas,praquela que lhe pariu!
E logo ele me pergunta,sem medo de vacilar
"Então que tanto procuras,que parece não achar?
E faça que eu entenda,que posso eu lhe dar?
-Dinheiro muito gastei,mas isso não me bastou
Mas logo vi em você,a atenção me chamou
Me falta algo que tens,me ensina o que é amor






Minha engenharia


Minha medida não é linear
Nem se ajusta em qualquer equação
Minha engrenagem se move
Na confusão de todos os ritmos
A precisão dos meus fatos se assenta
No desequilibro uniforme da vida