quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ultimos momentos em Aracaju,ultima congresso da graduação,viajem com a galera...boas risadas com amigos,boas surpresas,bons passeios. Pouco dinheiro me sobrou, mas muitas lembranças levo. Fim de curso chegando,semestre acabando,arrumar as malas. Sensação de despedida. O que me virá? Tão bom tudo que me passou,mas tanto há ainda por vir. Talvez não do mesmo jeito,mas sempre há espaço pra voltar pro que é nosso,pros nossos cantos,pros nossos rostos...e também descobrir o novo.
A insegurança as vezes nos bate, mas não posso evitar as possibilidades. O tempo ainda me dribla, escapa aos dedos. Mas me traz o que nem esperava, e parecia tão essencial pra mim. Agente não deve ter controle de tudo, algo tem que escapar à nossa mão, estar além dos nossos limites.

Ainda olho pro horizonte e sei que nunca chego lá. Sempre andará a linha do infinito. E que lá fique, pra que minhas escolhas nunca tenham fim


PS: Penultimo dia em Aracaju, fim do Coneflor, e 5 dias que me foram muito bons. Numa tarde em que deveria dormir pra recuperar a noite não dormida, pensamentos e sentimentos insistem em ficar acordados, e me levam a escrever isso. Obrigado a todos que fizeram parte desses dias. Em especial a Juliana e Mariana que me acolheram,e a Luma Pinto, pelos roteiros que o acaso insiste em criar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alguém me encontre
Sabe lá onde me deixei
Em que pensamento ou rua me perdi
Sem nem saber caminho de volta
Sem nem saber voltar pra quê
Meu ponto de partida vira qualquer final
Meu início é apenas um meio de chegar no fim
Procuro um canto que me caiba
Ja que não caibo dentro de mim

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Há do amor ser mesmo cego
Pois é preciso do escuro dos olhos que se fecham
Pra se enxergar o beijo

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alguém me explica
Que conta estranha é essa
Se a alegria que enche alivia
E o vazio que fica tanto pesa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Era um João
Ninguém
Nenhum
Sem nada
Nem ele mesmo

Sem prato nem pão
Sem teto,só chão

Aos olhos dos outros
Nunca existiu
E quem apenas lhe viu
Foi o olho da rua


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Noite
Quem me trará o sono
Se a lua insiste em me chamar pra rua?

Por entre esquinas e becos
Por entre sombras e desejos
Se constroi teu corpo negro

E porque desejar a luz
Se o que mais procuro
É o que não se enxerga?

Pra uns,o fim do dia
Pra outros,apenas começo
Em ti procuram diversão
Mas também encontram medo

Noite
Estará tudo quieto
Ou até o silêncio
É um eco a nos pertubar?

domingo, 26 de junho de 2011

Nem todo passo marcado
Ao melhor caminho leva
Nem todo beijo é amor
No lábio que carrega

Nem toda luz é salvação
Nem toda cruz é redenção
Nem todo fim é desfecho
Nem toda esmola é de apreço
Nem todo bem chega logo
Nem todo mal vai-se embora
Pois todo tempo não vem
So por querermos agora

Todo vazio é peso
No peito de quem carrega
Nem toda agua é de março
Nem toda flor é primavera

domingo, 12 de junho de 2011


O céu soprou
E me dilui no vento

Apenas fui seguir a liberdade

sábado, 7 de maio de 2011

Onde vai meu beijo
Se quando teus lábios toco
Nem lembro onde estou

Onde vai a calma
Se tanto me atormenta
E você inventa a paz

Onde tudo acaba
Se quanto menos tenho
Você vem com mais

Onde há razão
Se quando é certo o sim
Eu insisto que não

Onde existe o fim
Se quando tudo acaba
Agente se recomeça

Onde a vida é real
Se tudo criamos
Pra ela ser nossa peça

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Des-encaixe

E nesses desencontros agente se encontra
Se a favor ou contra
Se planejado ou ao acaso
Fazemos nosso casos
E assim nosso amor se monta

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entre mundos e rumos...


Vagueio entre pensamento e memórias que nem lembro mais,em busca de achar o que nem sei. Penso estar perdido,mas qual era meu caminho?Nunca houve estrada certa ou destino previsto. Fiz da incerteza minha aposta mais segura. Agora chego numa encruzilhada e me pergunto: Pra onde?
Minha búsola nunca teve norte certo e seguir o vento era sempre a rota provável, mas agora sinto um medo do que vem do acaso, e por um momento queria saber quais seriam meus passos.
A surpresas foram boas, mas sentia uma vontade de vivê-las de novo, de voltar às velhas estradas, sentar embaixo das mesmas árvores e de dizer que algo era meu. Parecia loucura trocar uma infinidade de possibilidades por uma rotina e cenas ja certas, mas sentia falta de um porto seguro, uma cadeira me esperando no fim da tarde e até do gosto do tédio, que sempre me foi passageiro . Por tanto andar, não deixei minhas raizes crescerem, e acho que isso que me incomoda, não ter um chão pra chamar de meu, um destino certo pra alguma carta chegar...
Fui levando em min um pouco de cada canto que trilhei, mas nunca fui de canto nenhum, lugar nenhum, amor nenhum...e mesmo que enjoe de tudo, queria apenas um momento sentar e ver o mundo todo que corri, também correr. Em sentar, como nunca deixei assentar, toda poeira que levantei.

domingo, 10 de abril de 2011

As perfeições do acaso

Interessante como estudamos,inventamos,evoluimos(?),e bolamos uma série de métodos,estratégias,formulas e etc, para conseguir fazer alguma coisa do melhor modo,o mais perfeito possível. E mais interessante ainda como em certos casos não seguimos nenhum método ou regra e tudo acontece da melhor forma possível,sem andar obcecados em medir as coisas,deixar rolar,andar ao sabor do vento,ao mero destino do acaso. Como quando tentamos marcar de encontrar alguém e nunca da certo,e acabamos dia ou outro vendo a pessoa no meio da rua...como acertamos algo no alvo,que não acertariamos tão fácil nem se tentassemos várias vezes,ou quando no meio do nada surge na cabeça a grande idéia que queriamos ter,depois de horas tentando bolar a coisa e nada. Como quando organizamos nosso tempo,mas os melhores momentos ocorrem das coisas não planejadas,em cima da hora,de um "ei,vamu fazer?" qualquer. De quando acordo e gosto de como meu cabelo fica,apesar de bagunçado,e por mais que pentei não consigo deixar igual.
De quando a melhor coisa pra se falar vem sem se planejar falar coisa alguma,e tudo soa tão ideal,apenas por não sermos perfeitos.

sábado, 9 de abril de 2011

Busca

A cada pergunta
O anseio da resposta
A cada dia
A espera da noite
A cada passo
A procura do chão
A cada sim
Um protesto do não
A cada início
Uma fuga do fim

A cada olhar
A procura do novo
A cada toque
A procura do corpo
A cada um
A busca do outro
A cada beijo
A vontade de mais
A cada tiro
Um desejo de paz


Guardei tanto meu choro
Que choveu dentro de min

Nadei tanto em meu pranto
Que em cada canto me afoguei

E quando abri os olhos,chorei

Enfim me libertei

sábado, 12 de março de 2011

Ando,porque meus pés buscam o chão,e não importam os calos,também quero buracos no meu caminho. Amo,porque meu peito insiste em bater,e vai pulsando minha vida. Acordo a cada dia,apenas pra ver o que o sol nos traz de novo.
Vivo,porque há um mundo esperando la fora,todo o universo que vive aqui dentro.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Carta Náutica



Navego

Há ondas que me trazem e me levam

Há barcos que naufragam

Há portos que me esperam

Há mares que navego

E outros me navegam




Por onde vou não sei o lado

Certeza apenas que remo

E não estou parado

domingo, 23 de janeiro de 2011

Viajar
Apenas onde possa me perder


Pertencer
Apenas ao que me mantém livre

terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Palavras são pedras jogadas
Que não tem volta
E mesmo lançadas com rota
Se desvia,se esvai
Bate,quebra,cai

Palavras confortam
Ferem,libertam
Seduzem,inquietam
Quebram,mas também se quebram

Tentam expressar o que se sente
Traduzir do peito,do estômago, da mente

As vezes demoram pra sair
Noutras vem de repente

Fazem mundos,pontes
Ditas aos poucos
Ou aos montes
Tentam dizer o que somos

Tentam fazer da vida,poesia
Na prosa nossa de cada dia

sábado, 8 de janeiro de 2011

Riqueza

"Não tenho nada.Portanto,tenho tudo a conquistar"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Arco-íris


Vejo cores no céu

Foi a luz
Ao passar em arco
Na íris dos seus olhos