quarta-feira, 17 de junho de 2009

Anoitecer

Ja é meia noite...mas quando a noite sera inteira?A minha voz cansada me manda repousar,meus olhos pesados insistem em se abaixar,como se meu corpo sucumbisse ao cair da noite.Mas ela não cai,se levanta.Desperta depois que o sol da seu adeus ate o outro dia.A noite é densa,sua escuridão não é vazia,nossos olhos é que não se acostumam, vêem o medo onde encontramos o desconhecido, e com o tempo vamos nos achando nela, sem mesmo ter nos perdido.Tudo esta la,nada sumiu,mas agora com apenumbra vejo coisas mais alem do que quando estava iluminado.Será no escuro nossa salvação?
Tudo esta la,nada se mudou ...mas precisamos da lua pra nos guiar,precisamos contar as estrelas pra passar nosso tempo,as contando infinitamente para não pararmos no nada.E ligando uma a uma vamos dançando no ceu,fazendo dos nossos passos constelação.
E sinto os cheiros tão vivos,o ar me sugando pra fora,querendo me espalhar por todo o espaço.Meu corpo insiste em lutar com a noite.Ela me derruba...e me dou-o a ela como quem se joga no mar,fazendo dos sonhos minhas marés,indo e vindo,levando e trazendo as memórias que nem aconteceram ainda.
Faz frio,mas a noite não poderia ser quente,nós é que temos que nos aquecer.Ela é fria pra que joguemos pra fora nosso calor,pra que ela nos consuma.Ela é escura pra que manchemos o seu escuro com nossos olhos,estrelas caídas do céu.Ela é escura pra que nos sejamos luz.
Adormeço,e me levam as águas escuras.Vou flutuando no mar,refletindo o ceu,refletido no ceu.E se acaso me bate em algo,foi apenas uma estrela perdida.
Adormeço...mas so fui ali,dar um passeio

Uriálisson Matos Queiroz

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