sábado, 27 de fevereiro de 2010

Habita em meu corpo
um sentimento que nunca morre
nem tão pouco se esquece

Assim como o próprio homem
nasce,cresce e amadurece

so as vezes se perde...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

F(L)ama


Olá,hoje dei bom dia
Mas nunca recebo um bom
Eu olho antes de atravessar
Mas todos olhares passam por cima de mim
Não quero nada nem colo algum
Apenas um chão pra chamar de meu
Apenas algo que não seja seu
Meu futuro é ditado em cenas que nunca vivi
Quem sabe quando morrer
Descubra que nunca existi
Do meu passado nada importa
Se apenas um erro derrubou todo meu castelo
Ou apenas eu que sei que tudo não é belo?
E o meu presente,prefiro nem abrir
A sua lente ja não é indiscreta
A minha vida ja não é mais secreta
E mesmo que eu feche,a porta sempre está aberta

Veja se não estou nas bancas
Meu sorriso falso vale qualquer tostão
E se eu minto ou falo a verdade,tanto faz
Não importa o que eu digo,eles apenas querem mais
Eles sempre querem mais
Vender a minha paz

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Teus olhos áridos apenas choram
porque meu rio corre em você

eu chovo na tua seca
eu nevo pra esfriar sua cabeça
te toco,em duras pedras de granizo

uma nascente perene
a brotar do fundo do teu peito...

Seca


A terra
guarda sementes e pés plantados
a espera da chuva
a espera de um sonho

Guarda o sustento
no tormento da espera
ou na esperança de não ter mais tormentos
A brotar seu futuro
num chão passado à seus pés

e a terra seca tem sede
não apenas da chuva
mas de toda vontade do homem

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Seu amor é volátil
Se evapora em qualquer beijo
Qualquer troco gastado
Qualquer mero desejo

Se o amar,te é tão impossível
É que ao simples tocar do teu corpo
Qualquer sentimento é perecível

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ao sopro das primeiras horas
Meu tempo passa na pressa do vento
E quando me vejo é apenas um resquício de mim mesmo

Voam palavras,frases,pensamentos...
Todo meu corpo evapora aos seus olhos
Todo meu gosto se desfaz nos seus beijos
Toda minha vida dura apenas instantes
que se esqueceram de largar da eternidade

Mas se eu,viajante perdido
Esqueço meu caminho de volta
Não vacilante por outros eu sigo
Refazendo os caminhos da minha história

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mas se é o fim dos tempos
Me diz quando começou
Em que momento esse relógio
Foi empurrar nossa vida
Fazer nascer e morrer
A infinidade ainda não assistida
Quem fez correr o ponteiro
Que adiantou nosso passo
Onde o tempo sempre anda
Mas o mundo ainda se atrasa


O tempo não para
Nem nunca se apressa
So passa melhor pra quem se interessa
A vida que passa,apenas anda
Correr demais não adianta...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Ao nascer de uma estrela
Fez cantar todo universo
O brilho de sua grandeza

Ao virar buraco negro
Quis o cosmo ser um vácuo
Para que ninguém ouvisse
o choro de sua tristeza

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Não quero minha vida,vivida à conta-gotas

os 5 elementos


Fui água,
quando quis molhar o teu corpo

Fui ar,
quando quis respirar outros cheiros

Fui terra,
quando quis pisar em chão firme

Fui fogo,
quando quis queimar seu desejo

Fui amor,
quando você me gastou
e ainda me dei por inteiro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Sou tua sombra perdida
recaida nas ruas
ao guardar da solidão

Sou desprezo que guardou da vida
Sou teu medo escrustado
Jogada na noite
Perdida nos sonhos
Apenas amada pelos miseráveis

Sou teu espelho condenado a escuridão
Sou madrugada que nunca dorme
E quando acordo recebo meu único bem:
a morte

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010


Eu vivo a guerra diária
Que não foi declarada
Que ninguém nunca vence
Onde o medo é a ordem
E a lei não convence

Eu vejo o vento gritar de fome
Quando ecoa no estômago vazio
Quando a noite enfim nos cobre
Eu sinto a rua tremer de frio


Eu lavo minhas mãos
No sangue dos inocentes
Que no correr da nossa história
Foi derramado de nossa gente
A morte,ja ganhou ao nascer
A vida,és eterna procura...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Das coisas


Me levo ao risco do pensamento
entre o salto que dou sem destino
sem ter medo de chegar
onde nem sabe-se onde

Margeio a loucura
habito nos sonhos
minha realidade ainda não vivida
Sair do meu porto seguro
Ter medo apenas de ficar ileso
Desafiar o consolo que me dão
E não crer que é assim mesmo

Do que plantei no jardim
Não sei o sabor da fruta
Mas arrisco-me a sorte
De ver se a beleza da flor
Foi o amargo sabor da vida
Ou o doce gosto da morte

...

A vida apenas é risco
escrito no papel do universo
A vida é apenas um risco
que Deus esqueceu entre seus versos